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13/03/2017 - Clipping – G1 - MP quer que análise de recurso contra expedição de certidão de óbito de Eliza seja cassada

Defesa de Bruno sustenta que juíza não poderia ter determinado emissão. Para Justiça, Eliza foi morta em 2010, e seu corpo nunca foi encontrado.
Ministério Público de Minas Gerais (MP) entrou com recurso contra a decisão da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) que determinou a análise de uma apelação da defesa do goleiro Bruno Fernandes contra a expedição da certidão de óbito de Eliza Samudio. 
O atleta, que foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver da jovem e também pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho, conseguiu o habeas corpus e saiu da prisão no dia 24 de fevereiro.
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Em janeiro de 2013, após o primeiro júri do caso, em que foram condenados Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e a ex-namorada do goleiro Fernanda Gomes de Castro, a então juíza de Contagem, Marixa Fabiane Rodrigues, determinou a expedição da certidão de óbito de Eliza na comarca de Vespasiano.
De acordo com o MP, a defesa de Bruno não utilizou o processo adequado para questionar a decisão da juíza Marixa. O órgão disse que a apelação criminal não é o recurso correto nesse caso. O processo adequado seria o mandado de segurança. Isso teria ferido o Código de Processo Penal. O MP disse ainda que o que a defesa do goleiro pretende é a anulação da decisão do júri sobre sua condenação. O órgão quer que a decisão da 4ª Câmara Criminal seja cassada.
Na época da apelação, o advogado de Bruno, Lúcio Adolfo, disse que recorreu da decisão da juíza em fevereiro de 2013. Ele sustenta que a expedição do documento não deveria ter sido feita pela juíza de Contagem. Segundo ele, a competência para essa ordem é do juiz cível da comarca do desaparecimento – Vespasiano.
No dia 7 de março, Adolfo admitiu que pretende anular a sentença. "O Tribunal de Justiça de Minas Gerais tem um probleminha para resolver. (...) Eu vou anular esse júri para fazer novo júri".
De acordo com o TJMG, a defesa tem até o dia 24 de março para apresentar seus argumentos. Em seguida, a Justiça decide se o recurso deve ser admitido ou não. Caso seja admitido, ele segue para julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Esta é a 18ª ação judicial relacionada ao caso da morte de Eliza Samudio que é apreciada pelo TJMG.
A defesa de Bruno foi procurada nesta sexta-feira (10) para comentar as alegações do MP, mas não foi encontrada pela reportagem do G1.
Fonte: G1
 
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