Notícias

“Estamos abertos a ações conjuntas que possam valorizar o trabalho profissional dos operadores que contribuem para a segurança jurídica no nosso Estado”

Imagem Notícia

Novo presidente da Ajuris, Cláudio Martinewski concedeu entrevista ao CNB/RS e falou sobre as metas da sua gestão

Eleito como novo presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) para a gestão 2022/2023, Cláudio Martinewski em entrevista ao Colégio Notarial do Brasil – Seção Rio Grande do Sul (CNB/RS) falou sobre as metas da sua gestão e avaliou os serviços prestados pelos tabelionatos gaúchos.

Com chapa única, a eleição ocorreu pela primeira vez em formato totalmente virtual entre os dias 5 e 8 de dezembro do ano passado. A posse da nova diretoria foi realizada no dia 1º de fevereiro deste ano.

De acordo com Cláudio, em relação aos serviços dos tabelionatos de notas, “tem havido bastante evolução na modernização dos serviços, o que se faz necessário para o melhor atendimento dos advogados e da cidadania”.

Confira a íntegra da entrevista:

CNB/RS - Quais trabalhos são prestados pela Ajuris e como é sua atuação na representação dos juízes do Rio Grande do Sul?

Cláudio Martinewski - A Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) é a mais antiga de magistrados do Brasil. A entidade tem como objetivo prestar assistência aos seus associados, propor a promoção e o aprimoramento profissional e zelar pela afirmação das garantias constitucionais da magistratura. Além da atuação associativa, a Ajuris também está engajada em projetos sociais com foco na sociedade civil. Todos os anos são realizadas ações, como o Prêmio Ajuris Direitos Humanos e a promoção de palestras, que visam a discussão de temas relacionados com o exercício pleno da cidadania.

CNB/RS - Como foi tomar posse como presidente da Ajuris?

Cláudio Martinewski - Estar à frente da Ajuris no biênio 2022-23 é uma honra. A frase que permeou nosso projeto na eleição foi “orgulho em pertencer” e é assim que nossa diretoria quer construir sua trajetória na Associação. Temos orgulho da magistratura gaúcha e da nossa entidade. Nosso compromisso para a gestão é, principalmente, a atuação associativa e a participação da Ajuris em debates e eventos que envolvem o interesse social e a defesa do Estado Democrático de Direito.

CNB/RS - Quais são as principais metas da sua gestão?

Cláudio Martinewski - Como presidente da Ajuris, assumo a responsabilidade de porta-voz da magistratura gaúcha. Dessa forma, vamos usar essa oportunidade para que a sociedade tenha cada vez mais uma melhor compreensão das condições e da força do trabalho dos magistrados. Pertencimento é a palavra que guia o nosso projeto, que visa a construção de um diálogo plural entre os magistrados, operadores do direito e a cidadania.

CNB/RS - Quais os desafios que acredita que ainda serão enfrentados por conta da pandemia? Cláudio Martinewski - A pandemia, como é de conhecimento público, mudou o nosso viver em sociedade. Nesse momento em que estamos retomando a atividade jurisdicional dentro de uma certa normalidade, nosso objetivo é poder ajustar as condições de trabalho para melhor servir a sociedade. Na última gestão, construímos uma radiografia das condições de trabalho dos magistrados, avaliando as infraestruturas de material, pessoal, informática e a racionalização dos serviços. Essa análise é um dos nossos nortes. Embora a justiça gaúcha conquiste números exemplares em produtividade, ainda existem questões que precisam ser enfrentadas, e que a pandemia mostrou com clareza.

CNB/RS - Qual a importância da Ajuris para os notários gaúchos?

Cláudio Martinewski - Como citado, além da atuação associativa, a Ajuris também se preocupa em entregar à sociedade gaúcha projetos de interesse social, que promovam a cidadania e a defesa do Estado Democrático de Direito. A Associação busca participar e realizar ações sociais no estado. Recentemente, integramos, com outras dezenas de entidades, um projeto de incentivo à arte urbana, que promoveu um painel artístico no prédio sede do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), em Porto Alegre. Além da obra, a ação realizou oficinas e um debate público sobre a importância da arte. Esse é apenas um dos exemplos de projetos externos que estamos engajados. Estamos abertos a ações conjuntas que possam valorizar o trabalho profissional dos operadores que contribuem para a segurança jurídica no nosso estado.

CNB/RS - Como avalia os serviços prestados pelos tabelionatos que precisam da presença do advogado?

Cláudio Martinewski - Como já fui diretor do foro de diversas comarcas, inclusive de Porto Alegre, tenho alguma proximidade com a atuação dos tabelionatos. Tem havido bastante evolução na modernização dos serviços, o que se faz necessário para o melhor atendimento dos advogados e da cidadania. Essa permanente avaliação do usuário é de extrema relevância para o aperfeiçoamento de qualquer atividade, que, nos dias de hoje, deve estar atrelada a valores cada vez mais próximos das efetivas necessidades dos usuários e o que isso possa representar em termos de humanização do atendimento, que vai desde a facilitação do acesso, tanto do ponto de vista físico como econômico, até o atendimento cordial, atencioso e individualizado.

Fonte: Assessoria de Comunicação – CNB/RS