O encerramento da 56ª Sessão Extraordinária do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), nessa terça-feira (25/8), marcou a despedida do
corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins. Ele deixa o CNJ
nesta quinta-feira (27/8), data em que assume a presidência do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) para o biênio 2020-2022.
O presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministro Dias Toffoli, agradeceu, em nome de todos os conselheiros, pelo
trabalho desenvolvido e pelo legado deixado na corregedoria nacional que,
segundo ele, será modelo e servirá de continuidade para as próximas gestões.
Ele ressaltou também alguns dos principais projetos desenvolvidos na gestão do
ministro Humberto Martins, como o a implantação do Processo Judicial Eletrônico
das Corregedorias (PJeCor); a criação do Fórum Nacional das Corregedorias
(Fonacor) e a edição do Provimento n.88, que promoveu a integração de notários
e registradores no sistema de prevenção à corrupção, à lavagem de dinheiro e ao
financiamento ao terrorismo.
Toffoli lembrou, ainda, do trabalho do corregedor nacional
como coordenador do comitê do Conselho Nacional de Justiça para o
acompanhamento e supervisão das medidas de prevenção, tomadas pelos tribunais
brasileiros, para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. “A atuação da
Corregedoria, sob a liderança do ministro Humberto Martins, foi crucial para
que a Justiça brasileira cruzasse os meses iniciais e mais decisivos da
pandemia associando a plena continuidade da atividade judicial e notarial com a
proteção da saúde dos trabalhadores dessas atividades e do cidadão que
necessita desses serviços.”
O ministro presidente também fez votos de uma exitosa gestão
ao ministro Humberto Martins no STJ, com votos de sucesso na administração do
Tribunal do Cidadania. “Vossa Excelência, enquanto notável homem público, deixa
um legado de sabedoria, dignidade, trabalho, eficiência, amizade, dedicação,
justiça e fé, valores esses que se incorporam ao cotidiano e à cultura
institucional. Com essas breves
palavras, desejamos muito sucesso na continuidade do seu exitoso percurso!”
Outras homenagens
O conselheiro e ministro Emmanoel Pereira também parabenizou
o ministro Humberto Martins por sua marcante passagem na corregedoria nacional.
“Este momento não se trata de uma despedida, porque eu penso que o juiz não se
despede, o juiz permanece através da sua palavra e de seus escritos. Os seus
passos, ministro Humberto, continuarão a ser ouvidos e recordados pela sua
maneira de ser e repetidos pelo testemunho daqueles que tiveram o privilégio de
conviver com Vossa Excelência.”
O representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/CF),
Francisco Caputo, também prestou sua homenagem. Para ele, uma das principais
marcas da administração de Humberto Martins, como corregedor nacional, foi o
diálogo constante com o jurisdicionado. “A Corregedoria foi de uma
transparência ímpar. Dava notícia de absolutamente tudo o que fazia. É claro
que o ministro Humberto Martins teve a sorte de contar com uma equipe de juízes
e servidores também, como ele, imbuídos e comprometidos em prestar um serviço
público de excelência. E aqui o reconhecimento da advocacia nacional a esse
serviço que foi prestado pelo gabinete da Corregedoria Nacional de Justiça.”
Gratidão
Em sua fala de despedida, o ministro Humberto Martins
agradeceu todas as homenagens recebidas, exaltando a convivência colaborativa e
fraterna que pode compartilhar com todos os conselheiros, servidores e colaboradores
nos dois anos que fez parte do CNJ. “Sou um homem grato por ter tido a
oportunidade de conhecer pessoas capazes, notáveis. Mulheres e homens a serviço
do Poder Judiciário, a serviço do Conselho Nacional de Justiça, mas, sobretudo,
a serviço do cidadão brasileiro e da cidadã brasileira, amando o Brasil, na
esperança de um mundo melhor.”
Fonte: Conselho Nacional de Justiça