A LGPD rege como
órgãos estatais e empresas devem tratar informações pessoais dos cidadãos,
inclusive os que são coletados pelo uso da internet
O plenário Câmara dos Deputados aprovou nesta
terça-feira (25) a MP (Medida Provisória) 959, que adia a entrada em vigor da
LGPD (Lei Geral da Proteção dos Dados Pessoais), de agosto deste ano para 31 de
dezembro de 2020. Agora, o texto precisa ser aprovado até amanhã (26) pelo
Senado para não perder a validade.
A LGPD rege como os
órgãos estatais e as empresas devem tratar os dados e informações pessoais dos
cidadãos brasileiros, inclusive os que são coletados pelo uso de internet ou
das redes sociais.
Entidades que
representam veículos de comunicação pediam a aprovação da MP para que, até maio
de 2021, a ANPD (Agência Nacional de Proteção de Dados) esteja em funcionamento
e as empresas tenham mais segurança jurídica sob a nova lei, que pode começar a
valer a partir de amanhã, caso o texto não seja analisado pelo Senado.
A lei havia sido
sancionada pelo então presidente Michel Temer, em 2018. Com o adiamento feito
pela gestão de Jair Bolsonaro, esta é a segunda prorrogação da vigência da
legislação.
Aprovada em 2018, a
matéria cria normas e obrigações para controladores de dados que circulam pela
internet com o objetivo de garantir privacidade aos usuários. A regra vale para
organizações públicas e privadas que coletam, tratam, guardam, processam e
comercializam dados pessoais dos brasileiros. Uma das condições para o
tratamento de dados, por exemplo, é a autorização do usuário.
Suspensão de
contratos
A MP 959 também
estabelece a operacionalização do pagamento dos benefícios previstos na medida
que autorizou suspensão de contratos e redução de jornadas e salários em função
da pandemia do novo coronavírus.
A matéria inicial,
que foi sancionada no início de julho e transformada em lei, previa a suspensão
dos contratos de trabalho por até dois meses e a redução da jornada e de
salários em até 70% por até três meses. No dia 14 de julho, o governo publicou
a primeira prorrogação do programa, elevando para até 4 meses o período em que
as empresas poderiam reduzir jornada e salário dos funcionários, e também fazer
a suspensão dos contratos.
O presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) anunciou, nesta segunda-feira (24), pelo Twitter, que
decidiu prorrogar por mais dois meses esse programa. "Acabei de assinar um
decreto prorrogando por dois meses um grande acordo onde o governo entra com
parte do recurso de modo que venhamos a preservar 10 milhões de empregos no
Brasil", afirmou em vídeo.