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TJ/RS - Nasce o Aplicativo Adoção

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Aplicativo permite que candidatos habilitados conheçam crianças e jovens que estão disponíveis para adoção no RS
Em menos de 24h, mais de 1 mil downloads
3 candidatos já manifestaram desejo de adotar

Emoção e esperança foram os sentimentos que embalaram a cerimônia de lançamento do Aplicativo Adoção, ocorrido hoje à tarde, no auditório da Fundação Pão dos Pobres. A ferramenta, que busca aproximar possíveis pais e filhos do coração e incentivar a flexibilização dos perfis desejados, traz vídeos, fotos, desenhos, sonhos e expectativas de dezenas de crianças e adolescentes aptos a adoção no Rio Grande do Sul. Por outro lado, representa a oportunidade de pessoas já habilitadas e que aguardam na fila do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) acabarem com a espera e se tornarem mães e pais.

As estatísticas revelam: o Rio Grande do Sul tem 620 crianças e adolescentes aguardando para serem adotados. É o terceiro estado do país em número de acolhidos. Por trás dos números, há rostos, sorrisos, sonhos e expectativas de jovens à espera de um lar. Na outra ponta, há 6,2 mil candidatos dispostos a formar famílias do coração. O encontro entre esses possíveis pais e filhos agora ficou mais fácil, através do Aplicativo Adoção. Lançado pelo Poder Judiciário, em parceria com o Ministério Público Estadual e a PUCRS, o app busca dar forma ao sonho da adoção.

A cerimônia ocorreu no auditório da Fundação Pão dos Pobres, em Porto Alegre, e reuniu autoridades, profissionais da área da infância e juventude, instituições de acolhimento e muitos dos jovens que participam do aplicativo. O Mestre de Cerimônias, Jornalista Manoel Soares, convidou a todos a conhecerem a novidade:
"Nelson Mandella dizia que quem se conhece não se odeia. E esse aplicativo vem para diminuir distâncias, aproximar pessoas. O app vai permitir criar elos e conexões. Estamos falando de algo revolucionário", projetou.

Tecnologia em benefício da sociedade
O Presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Carlos Eduardo Zietlow Duro, disse que o aplicativo oportunizará às famílias candidatas conhecer melhor as crianças, o que pode levar a uma flexibilização dos perfis dos adotados. O magistrado saudou a parceria entre Judiciário, Ministério Público e PUCRS pelo uso da tecnologia no atendimento de uma causa social.

A Corregedora-Geral da Justiça, Desembargadora Denise Oliveira Cezar, revelou que nesta sexta-feira, primeiro dia do lançamento, houve cerca de 1 mil downloads do aplicativo, 83 habilitados visualizaram as crianças e jovens três já manifestaram desejo concreto de adotar. Para a magistrada, a campanha já pode ser considerada bem-sucedida pela exposição que alcançou na mídia, mas acredita que o objetivo final será atingido, "porque os candidatos irão ver o brilho nos olhos, o sorriso, uma declaração das crianças, gestos que mudam a realidade". A Corregedora lembrou que a gestão anterior da Corregedoria teve envolvimento com a campanha, citando a Juíza de Direito Andréa Rezende Russo, presente ao lançamento.

O Procurador-Geral de Justiça, Fabiano Dallazen, enalteceu o valor da articulação dos entes do Poder Público e do setor privado para atender a uma demanda da sociedade. "A ligação entre os que querem construir uma família e quem espera por um lar."
A Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS, Professora Doutora Carla Denise Bonan, avaliou que a medida traduz a missão da universidade de produzir e difundir conhecimento. A docente espera que a iniciativa transforme vidas de crianças e adolescentes e famílias.

Funcionamento
A ferramenta, disponível na versão Android e a partir de segunda-feira na IOS, pode ser baixada na loja da Google Play e na próxima semana na Apple Store. Com o app, as famílias que estão no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) conhecerão detalhes das crianças e dos adolescentes, que contam, em vídeos, um pouco mais sobre eles. Hoje, no Projeto Busca-Se(R), da Coordenadoria da Infância e Juventude do RS, só é possível ter acesso a dados básicos como nome, idade, sexo, raça, condições de saúde e situação jurídica, disponibilizados em uma planilha no site da Infância e Juventude do TJRS.

As informações e imagens estão armazenadas em uma área de acesso restrito, cujo conteúdo estará disponível apenas às pessoas habilitadas à adoção, mediante cadastro e solicitação de acesso, que será fornecido pelo Poder Judiciário. O público em geral também poderá baixar o app, mas só terá acesso a informações básicas sobre  adoção, sem identificação dos jovens cadastrados no aplicativo.

Histórico
O protótipo do aplicativo foi projetado pelos professores da Apple Developer Academy da PUCRS e desenvolvido por alunos do curso de Desenvolvimento de Softwares, da Faculdade de Informática da PUCRS, sob a orientação de professores, ambos vinculados à Agência Experimental de Engenharia de Software. Durante o ano de 2017, os universitários trabalharam na elaboração da ferramenta. Em algumas aulas, houve a troca de informações com magistrados e servidores da infância e juventude, da comunicação e da informática do TJRS. No final do ano passado, a PUCRS entregou a versão inicial do app.

Ao longo do primeiro semestre de 2018, a Direção de Informática e Tecnologia da Informação e Comunicação (DITIC) do TJRS realizou ajustes, adaptações e integrações da ferramenta. Já a identidade visual do app foi elaborada pela Unidade de Imprensa do TJRS. A iniciativa também conta com a parceria do Ministério Público Estadual, que fiscalizará as ações dos usuários quando do acesso do aplicativo e contribuirá com o conteúdo informativo.

Quer conferir como foi a cerimônia de lançamento? Acesse: Nasce o Aplicativo Adoção.

Fonte: TJ/RS