Registradores e notários gaúchos se reuniram nesta quarta-feira (13.12) na sede do Colégio Registral do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (RS), para acompanhar o Workshop sobre o Cartório Digital promovido pela Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Notários e Registradores (Coopnore).
O produto desenvolvido pela Cooperativa visa disponibilizar à sociedade e ao segmento notarial e registral uma solução digital para a prestação de serviços online com total segurança e confiabilidade, permitindo ao cidadão acessar, de onde estiver, o cartório de sua preferência para executar os mais diversos tipos de serviços extrajudiciais.
“Acredito que se trata de uma ótima solução, pois permite ao usuário dos nossos serviços um acesso mais fácil e direto ao cartório, sem sair de casa ou do local de trabalho, solicitando serviços e interagindo com a unidade de sua preferência de maneira segura e confiável”, disse o presidente do Colégio Registral do Estado do Rio Grande do Sul, João Pedro Lamana Paiva.
Ao abrir o evento, o registrador imobiliário, recém-eleito para a presidência do Colégio Registral foi enfático ao defender a necessidade de que os serviços notariais e registrais se modernizem ainda mais e entreguem aos usuários, ferramentas digitais para acesso aos atos das unidades. “Não basta nos integrarmos e formamos base de dados, mas temos que avançar e permitir ao usuário acessar os nossos serviços de forma remota, online, mas com a segurança e a confiabilidade adequadas”, disse.
Na sequencia, o diretor geral da Coopnore, Altamar Mendes, falou sobre o processo de governança que tem sido implantado na Cooperativa, seus conselhos consultivos, distribuição geográfica de atuação, ativos, capital de atuação e cooperados, que fazem com que a instituição tenha a solidez necessária para atender toda a categoria.
Coube ao CEO Eduardo Arruda realizar a apresentação do produto Cartório Digital aos participantes do evento. Ao abrir sua exposição, Arruda destacou que o produto não substitui os sistemas de gestão de cartórios, as centrais das especialidades e nem se trata de um cartório virtual. “Somos uma plataforma que permite ao cidadão acessar os serviços dos cartórios de forma online, trazendo integração e eficiência tecnológico a todo o sistema”, disse.
“Acredito que os notários e registradores devem assumir para si o protagonismo de inserção da prestação online de sua atividade, pois, querendo ou não querendo isso vai acabar acontecendo, seja por meio do Cartório Digital, um serviço da própria categoria, ou seja por meio de soluções impostas pelo Poder Judiciário ou por operadores do mercado que verão neste negócio uma oportunidade de usufruir da credibilidade que esta categoria ostenta junto à população”, completou.
Em seguida, Arruda passou a apresentar o passo a passo dos serviços oferecidos pelo sistema, ora atuando como cliente, ora como colaborador de um cartório. A partir daí passou a demonstrar tópicos como ferramenta de comunicação, inclusão de documentos, juntada de documentos, envio de minutas, requisição de assinaturas, envio de relatórios e documentos conclusivos, além de um tutorial de ajuda do sistema e funcionalidades exclusivas como a inclusão de outras partes e a interação entre usuário e cartório.
Segundo o palestrante o sistema permite a interoperabilidade entre a ferramenta de gestão Cartório Digital e os softwares utilizados por notários e registradores. “O software permite que se estruture o fluxo de trabalho da maneira mais adequada segundo a rotina da unidade. Tudo foi trabalho para que tenhamos apenas um clique por operação”, disse. “Além disso somos a única operação de crédito financeiro que já atua com boletos registrados em tempo real”, finalizou.
“Acho que é uma ferramenta muito boa, pois permite a interação entre cliente e o Tabelionato, o que possibilitará que os serviços sejam prestados de forma digital”, disse Danilo Alceu Kunzler, presidente do Colégio Notarial do Brasil – Seção Rio Grande do Sul (CNB/RS). “Esta primeira apresentação se deu voltada para o sistema notarial e me parece um caminho que temos que percorrer, sejam notários ou registradores, uma vez que a sociedade nos exige esta prestação de serviços de forma eletrônica”, disse o ex-presidente do Colégio Registral, Paulo Ricardo Ávila.