As pessoas interessadas em
acompanhar o seminário “Soluções Fundiárias: perspectiva de atuação do Poder Judiciário
no regime de transição estabelecido na ADPF 828” tem até a quinta-feira (20/4)
para fazer a inscrição. O evento ocorre nos dias 27 e 28 de abril, com abertura
prevista para as 19h do primeiro dia. A pauta central é a criação de comissões
em tribunais estaduais e federais para mediação na resolução de conflitos nessa
área.
O seminário é promovido pelo
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para contribuir no aperfeiçoamento das
capacidades técnicas dos tribunais na implementação e execução dos trabalhos
operacionais de suas comissões de conflitos fundiários. Na programação, estão
previstas abordagens sobre gestão de demandas e processos estruturais;
implementação de comissões de conflitos fundiários – compartilhamento de caso;
atuação da Comissão de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça do Paraná
(TJPR) e cumprimento de mandados de reintegração de posse.
“Existem alternativas viáveis
na composição dos litígios possessórios, construídas de forma conjunta e com
vias à solução não só da lide, mas do conflito de fundo”, ressalta o
conselheiro do CNJ Vieira de Mello. O ministro coordena o grupo de trabalho que
trata do tema das soluções fundiárias.
Foz do Iguaçu
Um desses exemplos de caso
bem-sucedido de mediação para conflito fundiário urbano tem o Tribunal de
Justiça do Paraná (TJPR) à frente. A conciliação evitou o despejo de 106
famílias no município paranaense de Foz do Iguaçu. “As conversações ocorreram
durante um ano e foram necessárias quatro sessões para aprimoramento da
proposta pactuada”, relata a juíza auxiliar da Presidência do CNJ que
acompanhou o caso, Fabiane Pieruccini. Ela ressalta que representantes
municipais e de organizações da sociedade civil ligadas aos direitos humanos
participaram desse processo de mediação. A ação foi conduzida pelo
desembargador Fernando Prazeres, que também integra o GT do CNJ.
A juíza auxiliar lembra que a
Comarca de Foz do Iguaçu mediou outros conflitos sucessórios. No ano passado,
2.200 famílias foram beneficiadas com composição amigável envolvendo não só os
ocupantes e proprietários, mas governo estadual e municipal, na comunidade
conhecida como Bubas, a maior ocupação urbana do sul do país, informa a
magistrada.
Serviço
Evento: Seminário “Soluções Fundiárias: Perspectiva de Atuação do
Judiciário no Regime de Transição Estabelecido na ADPF 828”
Data: 27/4, abertura às 19h, e 28/4, a partir das 9h
Local: híbrido – Auditório do CNJ e plataforma Cisco Webex
Público-alvo: servidoras(es) e magistradas(os) dos Tribunais de Justiça,
Tribunais Regionais Federais e Tribunais Regionais do Trabalho.
Inscrições: Até 20/4, pelo link disponível aqui.
Fonte: CNJ