Levantamento aponta que 76% dos
entrevistados estão satisfeitos com os serviços recebidos e desejam que outros
documentos possam ser feitos diretamente nestas unidades presentes em todos os
municípios do país.
Os Cartórios brasileiros ocupam a
primeira colocação nos quesitos confiança, importância e qualidade dos serviços
à frente de outros 14 órgãos públicos e privados. Esta foi a principal
conclusão da pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, que realizou
entrevistas com usuários do serviço em cinco cidades brasileiras: São Paulo,
Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Brasília.
A pesquisa do Instituto Datafolha,
encomendada pela Associação de Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR) e
pela Confederação de Notários e Registradores (CNR), foi realizada este ano e
ouviu quase 1 mil homens e mulheres acima de 18 anos que utilizaram os serviços
de Registro Civil, Registro de Imóveis, Registro de Títulos e Documentos e
Pessoas Jurídicas, Tabelionatos de Notas e Tabelionatos de Protesto.
Segundo o presidente da Anoreg/MT, entidades que reúnem os 62 Cartórios de Notas e de Registros de Mato Grosso, Velenice Dias, a avaliação positiva é reflexo do esforço da categoria para aprimorar os serviços, investindo principalmente em gestão e tecnologia.
“É uma honra para os notários e
registradores brasileiros terem a confiança daqueles que utilizam os serviços
dos cartórios. Envidamos cada vez mais esforços e recursos na qualificação de
nossos colaboradores para prestarmos um serviço de excelência. Estamos
preparados para atender a demanda de novos serviços. Aproveito para desejar um
final de ano abençoado para todos e um feliz 2023. Contem com os cartórios brasileiros”,
completa Velenice.
A análise dos números da pesquisa
também mostrou que os Cartórios se mantêm como a atividade mais bem avaliada
para 76% dos entrevistados, seguido pelos Correios com 55%. Já em relação a
importância dos serviços prestados, a pesquisa aponta que 72% o consideram
importante, em razão da segurança
jurídica que oferecem aos negócios pessoais e patrimoniais das pessoas. Para
eles a imagem desta atividade é caracterizada pela seriedade, honestidade,
confiança e credibilidade.
Quando questionados sobre a qualidade
dos serviços prestados, 72% dos entrevistados estão satisfeitos na avaliação de
itens como cortesia e grau de conhecimento dos atendentes, qualidade do
atendimento, fornecimento de informações necessárias, organização da fila de
espera, tempo de espera para ser atendido e de realização do serviço,
informatização, conforto e infraestrutura do local.
Outro destaque observado no
levantamento é que a maioria dos entrevistados percebeu que houve melhorias nos
cartórios nos últimos 10 anos, e relacionam isso à informatização do setor e à
prestação de serviços eletrônicos, razão pela qual o número de idas da
população aos cartórios tenha reduzido 22% em relação à última pesquisa, em
2015, já que a maior parte dos atos notariais e registrais podem ser feitos
pela internet.
O levantamento mostra ainda que a
maioria dos entrevistados acredita que emissão de passaportes (57%), de
documento único de identidade (66%), de registro de empresas (66%) e
requerimentos previdenciários (62%) teriam melhor atendimento se fossem
oferecidos pelos cartórios.
A população (69%) também se mostrou
contrária a que as atividades prestadas pelos cartórios sejam feitas por órgãos
públicos, o que, segundo os entrevistados, traria mais burocracia, dificuldade,
corrupção e custos. Também se mostraram contrários a que os serviços sejam
prestados pela iniciativa privada (71%), o que, segundo os participantes da
pesquisa, aumentaria os custos, a insegurança e a dificuldade.
A pesquisa aponta que a concentração do
público dos Cartórios está no sexo masculino, 58%, e a média de idade é 43
anos. A maioria dos usuários possui ensino superior, 58% e, em termos de renda,
57% têm renda familiar mensal de até cinco salários mínimo. O levantamento também
apontou que 57% dos usuários utilizam os serviços dos cartórios para uso
próprio, 17% para alguém da família e 27% para empresas.
Esta é a terceira edição da Pesquisa
Nacional sobre Imagem dos Cartórios, com o estudo já tendo sido realizado nos
anos de 2009 e 2015. A margem de erro máxima para o total da amostra é 3 pontos
percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de
95%.