Sistema de protocolo online passou a
valer no final de dezembro
Diante de tantos pedidos de cidadania,
as autoridades portuguesas aliaram-se à tecnologia para facilitar o andamento
dos processos. Anunciado para dezembro, o sistema de protocolo online passou a
valer aos que buscam o passaporte definitivo para residir no território
europeu.
Entretanto, longe de ser “mais fácil”,
a jornada segue a mesma instrução processual e passa a contar apenas com a
entrega digital de documentos por parte dos interessados ou seus procuradores –
um trabalho que é desempenhado, atualmente, por colaboradores das
Conservatórias de Registro Civil em Portugal (CRCs).
“Muitas pessoas não estão entendendo
essa nova maneira de entrega de documentos, então, precisamos esclarecer que
essa possibilidade é apenas um meio de facilitar o trabalho dos órgãos
responsáveis e reduzir a necessidade de arquivamento de papéis físicos.
Cidadania via internet dá impressão que é algo julgado por robô, ou alguma
inteligência artificial, e sabemos que isso não procede. Na dúvida sobre as
informações digitais, os documentos originais continuarão sendo solicitados
pelas CRCs”, explica Dr. Rodrigo Lopes, advogado luso-brasileiro e CEO da DNA Cidadania, assessoria jurídica que atua em processos de nacionalidade portuguesa.
Diversas etapas desse processo
Composto por diversas etapas, o
processo de requerimento de cidadania portuguesa pode ser um desafio aos que
tentam desenvolvê-lo por conta própria.
Desde que passaram a valer como direito
a filhos, netos, bisnetos, trinetos de nacionais portugueses, assim como a
cônjuges casados e companheiros em união estável desses cidadãos, por meio de
naturalização, os processos demandam a localização do assento de nascimento do
português, busca de certidões brasileiras de toda a família, emissão de
documentos, preenchimento de formulários, legalizações e entrada com pedidos em
Portugal.
“É uma jornada que requer muito
trabalho e conhecimento, por isso, contar com apoio de uma assessoria jurídica
especializada pode fazer toda a diferença. São muitos documentos a serem
levantados e é necessária experiência prática para facilitar o andamento. Aos
que desejam estabelecer residência no país, é fundamental consultar essa
possibilidade. Atualmente, mais de 25 milhões de brasileiros têm origem
portuguesa e podem ter direito a esse passaporte definitivo”, complementa o
especialista.
Fonte: Terra