Desembargador Marcelo Berthe ministrou aula magna
Ele ressaltou a necessidade de uma norma nacional que
assegure o nivelamento dos serviços prestados. “A Corregedoria Nacional busca a
padronização na prestação dos serviços extrajudiciais. Não teria sentido
prestá-los de modo diverso numa ou noutra parte do país, principalmente se
levarmos em conta que essa prestação vem crescendo com a desjudicialização, em
matérias importantes e em pontos em que não há conflitos, como o inventário, o
divórcio consensual, a ação de crédito fiduciário, a regularização fundiária, a
retificação de registro e a usucapião administrativa. Isso traz grandes
benefícios à população na medida em que dispensa o ingresso no Judiciário. A
Corregedoria Nacional deve se preocupar com essas matérias que têm alcance
nacional e deixar para as corregedorias gerais os temas que não interessam
propriamente a todo o país, de modo a assegurar a autonomia dos estados dentro
do regime federativo”, ponderou.
Marcelo Berthe discorreu sobre algumas matérias de relevância
nacional reguladas pela Corregedoria Nacional, como os concursos públicos para
outorga de delegações do serviço extrajudicial, questões relacionadas a
casamento e união estável, designação de delegados interinos, projeto de
registro eletrônico de imóveis, fundo nacional de custeio e adequação à Lei
Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018).
Também participaram do evento o desembargador Luís Paulo
Aliende Ribeiro e os juízes Marcelo Benacchio (coordenador adjunto do
curso), Gabriel Pires de Campos Sormani, Guilherme Ferreira da
Cruz, Josué Modesto Passos, Paulo Rogério Bonini e Ricardo Felício
Scaff, professores assistentes do curso, entre outros magistrados, servidores e
alunos.
Fonte: Defesa